quarta-feira, 31 de julho de 2013

Teve a bicicleta furtada no Parque Ibirapuera? Corra atrás dos seus direitos.

O advogado teve sua bike furtada
no parque do Ibirapuera, processou
a prefeitura, e foi indenizado.
(Matéria do saudoso Jornal da Tarde)
Você deixa a bicicleta no parque do Ibirapuera para correr, ver uma exposição? 


Cuidado! No mês de março, o Jornal Folha de São Paulo (02/03 caderno Cotidiano), revelou que o parque teve em janeiro metade dos furtos de 2012. Foram 31 casos durante o ano todo. Em janeiro de 2013, o salto foi considerável: 13 furtos. Em fevereiro, foram 11.  Os dados são da Secretaria Municipal de Segurança Urbana. No mês de maio, o jornal voltou a abordar o assunto e comemorou: “Parque Ibirapuera zera furto de bicicletas no mês de abril”. (8/5caderno Cotidiano). A reportagem justificou a diminuição devido ao aumento no efetivo policial. Mais Guardas Municipais, mais segurança.

Será?

Vale lembrar que muitas pessoas acham desnecessário, perda de tempo, registrar um boletim de ocorrência - o que enfraquece a estatística. Neste último final de semana, por exemplo, soube de uma amiga que parou sua magrela no bicletário ao lado da Museo Afro, às 16h. Trinta minutos depois, após apreciar a exposição de capas de discos de Fela Kuti, sua magrela não estava mais lá. Decepcionada e triste pelo delito com a bike que tinha adquirido há uma semana, ela foi para casa sem fazer o B.O., mas não sem antes assistir ao vídeo das câmeras de segurança do museu. “Eram 3 caras, pareciam bem vestidos. Ficaram 5 minutos ao lado da bicicleta como se fosse de um deles. De repente, sacaram o alicate e cortaram meu cabo de aço rapidinho”, disse minha amiga que não vou identificar. O segurança de uma empresa terceirizada que "patrulhava" o local ainda afirmou que o furto da magrela dela tinha sido o segundo caso naquele dia. Reconfortante. 

Foi o que aconteceu com o professor e advogado, Arthur Zeger, que em 2012 teve sua magrela furtada ao lado da lanchonete em frente à praça da Paz. O advogado, no entanto, processou a prefeitura e foi indenizado. O primeiro passo de Zeger foi procurar a administração do parque para descrever o ocorrido. O segundo foi registrar o B.O. na delegacia. Depois, reuniu provas, colheu depoimentos de funcionários, e deu início ao processo que foi considerado “totalmente procedente” pela juíza de Direito Dr(a). Bianca Rufollo Chojniak. Veja aqui a sentença.

Para quem é leigo em direito, como eu, Zeger enfatiza em seu blog, que prejuízo inferior a 20 salários mínimos não necessita de um advogado. Basta entrar com uma ação no Juizado Especial da Fazenda Pública, que “permite que você demande sem recolher custas nas ações de até 40 salários mínimos”, explica o advogado.   

Portanto, se for furtado no parque do Ibirapuera, ou qualquer espaço público, não custa ‘dar a cara para bater’ na procura de seus direitos. O primeiro tapa já foi dado.

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sábado, 15 de dezembro de 2012

Desabafo de um ex-louco


Não sei exatamente quando foi que comecei a me desvencilhar do pensamento apaixonado que não me deixava enxergar à mais de dois palmos a frente. Talvez tenha sido no lento processo de apreciar o futebol e o jornalismo esportivo de uma maneira completa. Pode ser. O certo é que antes era tudo branco e preto, e por isso, não existia espaço para cogitar sequer falar sobre outras cores. A conversa comigo sobre assuntos que envolviam outros clubes era baseada no discurso vazio da paixão. O meu time é melhor porque é, e pronto! O time que torço tem a maior torcida, a que vai mais ao estádio, possuímos grandes conquistas e amamos mais essa camisa em comparação com o amor que os outros torcedores têm pela camisa adversária.
            
            Entretanto, esse tempo se foi e me desgarrei da manada de loucos que é guiada por uma visão turva, embaçada, completamente deturpada, fato que não é diferente em outros clubes. Pelo contrário. Todos os times grandes, seja de qualquer Estado, têm uma massa de pessoas que acredita veementemente que sua agremiação é superior, acreditando em elaboradas teorias. E poxa, não tem nada demais deixar o fanatismo exacerbado tomar conta. É uma escolha, um direito do torcedor. No entanto, não venham destilar esse papo abjeto de que cartolas corruptos só existem em clube ‘a’ ou ‘b’, ou que o campeonato ‘x’ foi comprado, entre outras tantos vômitos de palavras em vão, sem provas, sem cabimento. Neste caso, o torcedor tem absoluta certeza que a grama do seu quintal sempre é mais verde que a do vizinho.
            O pior é onde esse pensamento leva alguns fanáticos. Surge, então, o discurso de ódio que vem amparado, além de outros argumentos, através das supostas irregularidades do adversário. “Seu time é isto, é aquilo e por isso vou dar muita risada se for para a segunda divisão do campeonato”. Tá. A aversão, raiva, repulsa pelo outro alimenta um sentimento ruim que ainda deseja a segregação. “Eles lá se ferrando, e nós aqui ganhando títulos”. Está aí a máxima desses devotos: desejar a ruína do adversário até que ele sucumba e aceite a soberania do outro. Somente importa o predomínio total e irrestrito desta esquadra fantástica de jogadores. O resto é balela, e é bom o oponente aceitar, caso contrário, a pancada come solta como nos ‘bons’ tempos feudais. Tudo isso em nome da bola. Tudo em nome de gols e títulos magníficos. 

            A arte só pode ser realizada por 11 jogadores de camisa ‘y’. Imagino como seria a comemoração de alguns ‘apaixonados’ ao observar a decadência do adversário que caiu no abismo e se apequenou a ponto de fechar as portas. Certamente, tal fato seria comemorado por alguns irracionais que não vêem que um time grande depende do outro. E definitivamente, o futebol iria se tornar reduto para os verdadeiros campeões, donos da soberba, da empáfia da bola e do melhor time de futebol de todos os tempos.
 
  

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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Fonógrafo, Vitrola, CD: a música não pode parar


Do som feito ao vivo, o registro musical perdia-se no ar.

Foi só no final do século XIX, quando Thomas Edison inventou o fonógrafo, que a gravação de sons deixa de ser gravada apenas na memória do público. Levar a música para casa era surpreendente, admirável, extraordinário, como escreveu Oswald de Andrade:

 “Numa soirée em casa dele, nessa chácara imensa, foi-me apresentado o fonógrafo. Minha mãe fez questão que eu comparecesse a essa apresentação da espantosa descoberta. Uma coisa que roda e a gente escuta tudo! [...] De fato, fiquei impassível e nada exclamei quando me apresentaram a pequena máquina, onde um cilindro de cera negra em forma de rolo despedia sons musicais. Depois de exibida a invenção norte-americana – de Thomas Edison – dizia, encarecendo-a, passou-se a gravar um disco virgem. Meu pai discretamente escusou-se de dizer qualquer coisa, eu nem fui chamado. Fez grande sucesso de hilaridade um senhor que aproximando-se do disco prometeu: Doutra vez eu trago a flauta”.

O fonógrafo, e, logo em seguida, o gramofone (que usava cera, ao invés de metal nos cilindros, entre outros aperfeiçoamentos) mudaram de maneira profunda a percepção sonora. Do rolo de cera ao vinil, a reprodução do som gravado eternizou a música que antes era executada somente ao vivo. Levar o som de seu artista favorito para casa passou a ser uma realidade que ditaria novos rumos para a música, possibilitando o desenvolvimento da indústria fonográfica, e consequentemente da música em massa.

A música, naturalmente, tornou-se companheira, unindo as famílias na sala em torno de si, criando comodidade, gerando satisfação. A criação da vitrola foi o passo definitivo para a música consolidar-se como mais um membro da casa. De origem Victrola, por ser fabricada pela RCA Victor, a vitrola dispunha de recursos elétricos, não sendo mais necessário dar-lhe corda para funcionar.


Era o adeus ao disco de cera. O vinil teria vida longa, mas décadas depois se tornaria idoso, e, portanto, dispensável para a tristeza dos saudosos, audiófilos e ouvintes conscientes.  O nascimento do CD (Compact Disc) abriria com chave de ouro a era digital, mas a qualidade do som ainda era inferior ao disco de vinil.  O CD, portanto, se impôs porque simplesmente era mais barato fabricar CDs do que discos de Vinil. Os velhos ‘LPs’ (Long Play) deixaram de ser fabricados em massa, no início dos anos 90, para desespero dos fãs e colecionadores dos simpáticos ‘bolachões’.

A experiência de colocar pela primeira vez a agulha no disco ouvindo aquele ‘chiado’ maravilhoso reduzia-se a apertar alguns botões. O momento mágico da descoberta de sons na sala de sua casa descrito por Oswald de Andrade perdeu seu charme, seu brilho, desgastou-se com o tempo. Quem não se lembra de tirar o vinil da embalagem, apreciando os detalhes da arte da capa, que era o grande atrativo para conhecer melhor o conteúdo? Comparar o lado A, com o lado B. Sim, era outra maneira de lidar com a música, que eu não me esqueço jamais. E que você certamente também não esquece.

Inesquecível, também, sem dúvida alguma, foi o surgimento da fita cassete. Apesar da qualidade de som razoável, os primeiros gravadores com áudio cassete já eram portáteis, permitindo um deslocamento antes impossível, além de gravações das músicas da rádio. Aguardar ansiosamente o locutor anunciar sua música favorita com o dedo no botão ‘rec’ (record), era chato, mas ao mesmo tempo mágico. No final dos anos 1970, com a invenção do Walkman, outro paradigma tecnológico foi rompido trazendo um novo modo de apreciar a música. A venda de conjuntos integrados (no Brasil 3 em 1) com receptor FM, toca-discos para vinil e gravador cassete fizeram com que houvesse uma enorme difusão nas fitas gravadas em casa. Agora, cada pessoa podia fazer a sua seleção músicas retiradas diretamente de seus discos prediletos,  curtindo o som na rua através de seu fone de ouvido.

A explosão do som individual teve seu auge com a internet, e aparelhos como o IPOD. O formato digital sem ruídos, com uma capacidade de armazenar milhares de música alterou definitivamente a forma como consumimos música. Em minutos é possível encontrar um disco, ou somente um ‘single’, e baixá-lo gratuitamente, para na seqüência reproduzi-lo no seu tocador de mp3 ou similar.

O CD, grande novidade dos anos 1990, hoje em dia, é ultrapassado. A indústria fonográfica sofre com as fracas vendas. Boa parte dos consumidores não vê mais  necessidade em adquirir um disco, gastando dinheiro com um produto que é facilmente encontrado na rede mundial de computadores. Baixar, compartilhar, e armazenar tornaram-se palavras de ordem.      
           
Apesar deste cenário de mudanças constantes, incertezas e desolação em relação ao CD e ao digital em geral, há um movimento saudosista que tem ganhado muita força ao colocar em funcionamento a velha vitrola. A redescoberta do vinil é ancorada pelo retorno do interesse dos fabricantes, que enxergaram o retorno deste mercado. De fato, à criação de novos modelos de vitrolas, tecnologicamente mais evoluídas, com um alto grau de qualidade e precisão mecânica nos seus diversos componentes empolga os fanáticos pelo vinil de hoje e de ontem. A alta qualidade sonora está de volta. A vitrola, velha amiga do passado pode até empoeirar, e o vinil ficar ali, guardado, por anos na coleção. Não importa. A música não pode parar, e a Vitrola nunca vai morrer. 

Fontes:
Livro: História Social da Música Popular - José Ramos Tinhorão
Livro: 'Ouvinte Consciente' - Sérgio Correa
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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Fragata Eleitoral 2012

 Por enquanto o rio corre em calmaria. Por enquanto. Com o término do carnaval, o agito na água é certo. E a turbulência não será pouca. Os momentos de inquietação nas articulações e definições dos candidatos para as eleições municipais deste ano, já demonstram o rascunho de um cenário de guerra.

O espectro ideológico é invisível, irrelevante, o que não é novidade. No final das eleições só importará ancorar a embarcação com segurança no maior ‘Porto Seguro político’ do Brasil: a cidade de São Paulo.

Nesta verdadeira fragata em busca do poder, surge um personagem que nada tem de coadjuvante: Gilberto Kassab (PSD-SP). O atual prefeito da cidade de São Paulo, destacado por suas habilidades na articulação política, fez movimentos ambíguos, e provocou muita discussão internamente no PT ao conversar com Lula, sobre uma aliança com o pré-candidato petista Fernando Haddad. Na realidade, o aceno de Kassab ao PT foi uma forma brilhante de pressionar José Serra à concorrer no pleito deste ano -o que até agora não surtiu efeito imediato, porém, Serra já demonstrou a  possibilidade de voltar atrás – já falarei mais do tucano. No final das contas, o PSD de Kassab deve apoiar mesmo Serra, (lançando o vice na chapa) mas a conversa entre PSD e PT para formar uma aliança nas cidades do ABC paulista permanece ativa.

Em São Paulo, o PT deixará de fora Marta Suplicy da disputa para apostar todas suas fichas no ex- Ministro da Educação Fernando Haddad, escolhido à dedo por Lula. As chances do candidato neófito dependerão muito do apoio do ex-Presidente, de partidos de menor expressão, e do discurso e carisma de Haddad para superar uma barreira. O grande desafio do partido será bater o índice histórico de 35% de votos no primeiro turno, que o PT não consegue ‘bater’ na capital paulista. No caminho da campanha, o teto de vidro de Fernando Haddad será apedrejado pelas falhas no Enem, pelo polêmico Kit anti-homofobia, e pela falta de experiência em administrar uma cidade. À seu favor, o candidato promete esticar a bandeira da educação, recordando principalmente os feitos do   Pro Uni.

Já no ninho tucano, as bicadas tornam-se cada vez mais sangrentas. O partido, em crise, desde a derrota nas eleições de 2010, decidiu realizar prévias entre José Aníbal, Ricardo Trípoli, Bruno Covas e Andréa Matarazzo. Marcada para o início de março, e, conduzida pelo Governador Geraldo Alckmin, o cancelamento das prévias, dado como certo, se José Serra afirmar oficialmente que irá concorrer, ( e ele irá)  só desgastarão mais o partido. Caso isso ocorra, Serra entrará na disputa consertando rachaduras. O ideal seria Serra participar das prévias, para evitar mais confusão. O clima no ninho tucano anda com ânimos exaltados, troca de ofensas, e o processo de desarticulação é mais notável do que o de articulação. Serra, por sua vez, assiste a tudo de camarote, como se disputasse uma partida de xadrex. Observando cada movimento, e decidindo lentamente cada ação, Serra conversa com PPS, PP, DEM, e PSB para formar uma aliança, e amadurece a idéia de abandonar o sonho da Presidência da República – seu maior projeto pessoal. Ou Serra terá a cara de pau de dizer na campanha  que abandonará o cargo de Prefeito daqui 2 anos para se candidatar ao Planalto? Seria no mínimo arriscado para um político que enfrenta rejeição de mais de 30% na cidade. Suicídio político na certa. No caminho da possível, e muito provável campanha, o teto de vidro de Serra ainda terá que resistir aos ataques desferidos pelos adversários através do livro “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Jr, e pelo fato de ter abandonado a Prefeitura de São Paulo para concorrer a Presidência. É uma arma forte do adversário. Mas o PT terá coragem de lembrar desse episódio, relembrando ao eleitorado que no lugar de Serra entrou Kassab? Vamos aguardar.

Por fim, o candidato que deve atrapalhar, redefinir, ou decidir,  a guerra entre PT e PSDB, é Gabriel Chalita, do PMDB. Chalita é advogado, professor, autor de mais de 30 livros, alguns best sellers, sendo que o primeiro ele lançou aos 12 anos de idade. Ex-alckmista, secretário da educação, Gabriel Chalita surgirá envolto na bandeira da educação, com um discurso manso, calmo, recheado de religiosidade e simpatia. O pré candidato encontrará seu espaço com o eleitorado que está cansado do PSDB, e do PT, e provavelmente terá papel de coadjuvante na disputa, mas, certamente, o papel de coadjuvante será decisivo no segundo turno das eleições. PT e PSBD farão de tudo para obter apoio de Chalita. É esperar, acompanhar, e analisar. As armas e os atores políticos posicionam-se lentamente para o combate. Vem aí mais jogo sujo, patifaria, falácias, ilusões, simpatia. Prepare-se eleitor para nadar à braçadas, desviando de mais uma guerra política sem escrúpulos. Respire fundo. Seu fôlego será necessário.    

 Imagem retirada deste link 
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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Um grande homem

'U Tutim'
Percorrendo minuciosamente cada canto, a beleza encanta. Cada pedaço daquele recinto foi detalhadamente planejado e restaurado. É o dom de um artista, que consegue facilmente recuperar as características originais de imóveis e móveis – muitas vezes de valor histórico imprescindível. Tudo resultado da genialidade de uma mente brilhante, que sempre executou inúmeros trabalhos e tarefas com uma facilidade incrível. Grandes homens registraram sua marca na estória da humanidade: alguns famosos, muitos outros desconhecidos. No teto daquela igreja, no santuário; naquele móvel antigo, que tem tanta coisa pra contar, passaram as mãos de um artista anônimo. 

O trabalho árduo nem sempre é recompensado como merecia, porém, as mãos do artista anônimo estão ali marcadas como palavras de um belo poema sem assinatura, ou como as notas de uma bela composição musical de autor desconhecido. O significado que cada um cria pra si é mágico, faz o olhar se aprofundar, a cabeça refletir, e encanta o seu criador onde é que ele esteja. Para o artista (desenhista, restaurador de imóveis e móveis, inventor dos mais loucos objetos e alternativas, pai de família, avô) fica a presença eterna de seu trabalho, fica o amor construído, moldado, e gravado, nesta enorme bola azul redonda que não para de girar. Para a sua família, fica o orgulho, a memória movimentada de grandes lembranças, os ensinamentos absorvidos, e um grande aperto de mão de uma pessoa que lhe ama muito. Esta postagem deixa registrado um até logo. Na próxima viagem podemos transformar este aperto em um abraço. 

***Homenagem a Rubens Barbosa, meu avô. Um grande artista, um grande homem***             
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