O início do fim de LOST

No mundo fantasioso de séries e filmes, muitas pessoas se transportam para dentro da história, como eu por exemplo. Nos primeiros seis meses do ano, meus olhos se abrem repentinamente no meio do mato, e me perco entre tantos segredos e mistérios na viagem a ilha de LOST. A partir de hoje, os sobreviventes do vôo 815, que acabou com 48 pessoas tentando sobreviver em um lugar onde ocorrem fenômenos “estranhos” inicia o seu fim com a estréia da sexta e última temporada. Serão 16 capítulos que responderão as inúmeras perguntas que rondam a série, mas de acordo com os produtores, nem todas as dúvidas ficaram claras. Na minha cabeça, só existe a expectativa para que o desfecho seja o melhor possível, para coroar com brilho a febre mundial e fenômeno narrativo que desde 2004 ganha mais aficcionados. As questões mais freqüentes, ganham o pingo nos “is”. Afinal, quem é do bem, ou do mal no meio dessa turma? O que representa a seqüência de números, e o monstro da fumaça preta? Qual é a origem dos habitantes misteriosos da ilha? A única coisa que sei é que sentirei muita falta da criatividade inovadora de Lost, independente do capítulo final que será exibido em maio. Hoje a noite acordarei mais uma vez perdido na ilha e estarei de olhos grudados na transmissão da tv americana, porque não agüentarei esperar até amanhã. Minha ansiedade se mistura ao sentimento de recompensa pelo tempo em que passei assistindo, debatendo teorias, revendo e pesquisando cada episódio, cada cena, cada personagem. No fim do primeiro semestre ficarei órfão de um escape do mundo real. Quem sabe até lá, John Locke não me traz de volta a fantasia. Viver rodeado de ilusão e mistério é tudo o que eu preciso.

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