sábado, 6 de fevereiro de 2010

A história se repete

Está ficando repetitivo escrever sobre as chuvas que atormentam a cidade de São Paulo, mas lá vou eu novamente abordar o assunto que é prato cheio para o sensacionalismo. A rotina da cidade tem mudado com tanta água caindo sobre a selva de concreto. Para marcar um encontro com alguém no período da tarde, a pergunta que sopra no ar é se agendar antes ou depois do pé d’água. Há 46 dias a chuva não para, e o caos se instala na cidade, com o exemplo mais claro no Jardim Romano. Os problemas se multiplicam com as casas em zona de risco e até mesmo em bairros sem histórico de alagamentos. Segundo dados do Centro de Gerenciamento de Emergência da Prefeitura, nos quatro primeiros dias de fevereiro, já choveu 37% da média esperada para todo o mês na capital paulista, que é de 217 milímetros. O castigo que a cidade sofre diariamente fez a paulicéia ter prejuízos na casa dos milhões de reais, de acordo com pesquisadores da USP. Se a famosa frase diz que “depois da tempestade vem a bonança”, São Paulo nem quer tanto. Só espera uma trégua dos trovões, raios, ventos fortes e de tanta água que afoga nossa alegria de viver. Ninguém agüenta mais esperar um trem que nunca chega, ficar sem luz por 12 horas, ter seu carro atingido por uma árvore, sempre com o pé enfiado na água barrenta, em meio ao lixo que bloqueia as bocas de lobo. A única coisa boa que será lembrada ao final do verão de 2010, será a atuação heróica dos homens do Samu, Defesa Civil e Bombeiros. Os fatos tristes serão esquecidos, primeiramente pela imprensa e depois pelos governantes. É triste constatar que é uma história que se repete, e se repete.

Segundo um balanço da Companhia de Engenharia de Tráfego, 167 árvores caíram em vias da capital somente na última quinta-feira. A foto acima foi tirada por este blogueiro na rua Nova Cidade, próxima a Alvorada, no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo.
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