Aflição, agonia, desespero. “127 horas” me envolveu de uma forma, que tive a sensação que meu braço estava preso na rocha. A meu dispor somente o equipamento de alpinismo, uma mini câmera, um relógio, um canivete e 500ml de água. De fato, a torcida para que o alpinista se solte e a navegação em seus pensamentos faz o espectador entrar dentro do personagem, sofrendo com o resgate impossível: Aron Ralston (James Franco) cai em uma fenda num cânion, numa região montanhosa em Utah (EUA) a dezenas de quilômetros de alguma civilização.
A salvação se concentra na sua inteligência e força, mas não há maneira de se desprender da pedra e o personagem – baseado em uma história real – começa a viajar em suas memórias e luta contra as peças que a mente prega. O filme se torna uma experiência masoquista por que sabemos o que nos aguarda, e mesmo estando cientes do desfecho, continuamos. E não há decepção. A seguir o texto contém spoiler, portanto não continue lendo se você não viu o filme.
O diretor Danny Boyle conseguiu fazer um filme com basicamente, um ator e uma locação, e o longa consegue conquistar seu objetivo: prende a atenção do espectador focando nos detalhes que são fundamentais para a sobrevivência do personagem. A atmosfera de emoção completa-se com a música muito bem escolhida para cada cena, e com os cortes rápidos que captam bem o desespero do personagem. O crescente ritmo de tensão leva a cena derradeira e o resgate emociona. Fim de filme. Gostei. Quero ver de novo.
2 comentários:
O trailer e seu texto me deixaram muito curiosa pra ver! Essa semana assisto...
Melhor filme que vi em anos!
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