É normal constatar que a adaptação cinematográfica de livros sempre deixa a desejar. Geralmente o livro é sempre melhor, mas isso não acontece com “Laranja Mecânica”. Creio que o original de Anthony Burgess, já era uma obra respeitável, no entanto, nas mãos do diretor Stanley Kubrick (que fazia seu primeiro roteiro solo) o material ganhou uma dimensão fiel e superior. O longa de 1971 é ambientado na Inglaterra, em um futuro indeterminado, mas que poderia tranquilamente ser hoje. Laranja Mecânica mostra a vida de um jovem, chamado Alex DeLarge, cujo o gosto paira entre Beethoven, e violência extrema. É através de seus olhos e de sua percepção que somos introduzidos em uma realidade distorcida. No início do filme, Kubrick transformou cada cena de violência em pura poesia. Todos os elementos de “Laranja Mecânica” parecem hipnóticos e exagerados. Figurinos, cenografia, interpretações, música, tudo parece transmitir uma explosão sensorial de cores, sons e ritmos, como se a visão do mundo fosse resultado de algumas doses de “moloko”. Posso classificar a obra como um dos 50 filmes imperdíveis de todos os tempos. É um clássico atemporal que me surpreende todas as vezes que assisto. Como devorei o livro há pouco tempo, afirmo sem pestanejar, que em “Laranja Mecânica”, o filme, Kubrick foi além. "É engraçado como as cores da vida real só parecem realmente reais quando você as videia em uma tela..."
4 comentários:
Juninho Carioca
disse...
Não acredito que ainda não vi esse filme. Preciso muito ver! Depois passo aqui pra comentar o que achei, mas achei interessante seu texto...
Não gostei muito deste filme, mas tem cenas que realmente chocam, ainda mais para a época. Não é a toa que no Brasil só estreiou em 1978, e com "bolinhas pretas" para cobrir a nudez frontal. Mas vale muito a pena ver.. Quem sabe não vejo novamente com outros olhos e não mudo minha opinião...
A farofa está diretamente relacionada a diversidade e mistura de assuntos. Já a pimenta é a opinião. Deixo claro que este blog não possue vínculo com nenhum veículo midiático, partido político ou entidade religiosa. Fique a vontade para comentar e participar de enquetes.Sua visita é sempre muito bem-vinda.
4 comentários:
Não acredito que ainda não vi esse filme. Preciso muito ver! Depois passo aqui pra comentar o que achei, mas achei interessante seu texto...
Mengoooooo
Não gostei muito deste filme, mas tem cenas que realmente chocam, ainda mais para a época. Não é a toa que no Brasil só estreiou em 1978, e com "bolinhas pretas" para cobrir a nudez frontal. Mas vale muito a pena ver.. Quem sabe não vejo novamente com outros olhos e não mudo minha opinião...
bjs
Clássico maravilhoso e incomparável!! Kubrick é mestre!! Me estranha vc não ter feito essa postagem antes...kkk
abraço
Filme muito louco....Vou tentar ler o livro.
Abraço
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