sábado, 9 de janeiro de 2010

Nova era

Nesta primeira postagem do ano, desejo a todos os leitores do blog muita paz e prosperidade. Hoje gostaria de escrever algo que tivesse uma mensagem positiva e de alegria, mas começo o mês fazendo a triste constatação que estamos em uma nova era. Não me refiro a 2010, mas sim as mudanças que aos poucos observamos no clima do planeta. Nesta semana, a pauta dos principais jornais do país falam sobre o frio intenso no hemisfério norte, e as chuvas que marcaram novas tragédias por todo o Brasil. São impressionantes as imagens de destruição registradas em São Luiz do Paraitinga, Cunha, Angra dos Reis, Ilha Grande, etc. E o que fazer para evitar tantas mortes e pessoas desabrigadas? A tendência é culpar os governantes, que se esquivam da responsabilidade, alegando fenômenos naturais extremos. Ambos os lados tem razão, mas as autoridades precisam evitar a ocupação em terreno onde possa ocorrer um incidente. Em segundo lugar é necessário monitorar e retirar as famílias de áreas perigosas. As pessoas atingidas continuam a depender quase que unicamente do heroísmo de bombeiros, de grupos de defesa civil, de voluntários que, não raro, aparecem nos noticiários impotentes diante da desproporção entre suas forças e a enormidade da perda e da dor. O aumento de chuvas estava previsto, por encontrar-se em curso o fenômeno climático El Niño, um aquecimento incomum das águas do Pacífico junto à América do Sul. A anomalia costuma aumentar a precipitação na região Sudeste e, como preveem alguns estudos, poderá tornar-se mais frequente com a mudança global do clima. E aí entram as medidas que os principais chefes de estado apresentaram na Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que foi realizada em dezembro, em Copenhagen, Dinamarca. Mas a convenção foi um desfile de belas palavras jogadas ao ar e o resultado foi pífio. Foram vários dias de bons discursos e nenhuma proposta eficaz. A nova era se apresenta diante de nossos olhos incrédulos. Gostaria de ser otimista, mas estamos diante do fato que o ser humano só pensa em sí mesmo. Até quando os próximos 50 anos vão dizer.
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