sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Mão invisível em xeque

Um ano após o auge da crise, a economia mundial se recupera a passos lentos. Dados do PIB de algumas das principais economias do mundo mostram o fim da recessão. Mas e agora? O que dizer da atual fase do capitalismo e o que esperar do futuro? A crise coloca o livre mercado em xeque e a discussão vai longe. O que diriam Milton Friedman e Adam Smith? Não sei responder, mas sem dúvida eles iriam sair em defesa do liberalismo. A mão invisível que rege o mercado é questionada e até quem defendia plenamente a auto-regulação, abaixa a cabeça para o Keynesianismo. Para sair do buraco em que as economias se afundavam, foi de suma importância políticas fiscais e monetárias ativas que mostraram a mão do Estado. As medidas intervencionistas trouxeram caminhões de dinheiro para ajudar grandes corporações, e fomentaram o consumo para engordar o gordo regime capitalista que estava emagrecendo desde o início da crise. A recuperação do mercado foi evoluindo aos poucos e trouxe de volta a confiança para os investidores. Diversos líderes mundiais reconheceram a necessidade de uma futura regulação no mercado para evitar que a bolha infle e estoure novamente, mas o discurso já caiu aos ‘quatro ventos’. Creio que a mão invisível deve continuar a dar cartas e a agir como uma criança mimada. Se a especulação indevida formar uma nova bolha a ponto de explodir, a criança não deve hesitar em gritar pelo pai. E lá virá o Estado para tentar colocar tudo em ordem novamente, deixando todas as partes satisfeitas, sempre em busca do crescimento.
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