Não é preciso acompanhar esportes ou ser fã de boxe para lembrar de Evander Holyfield e suas memoráveis lutas.
Lembro de algumas como a vitória sobre George Foreman, as fantásticas "batalhas" com James Buster Douglas ou a com Mike Tyson, que ficou famosa pela mordida do adversário em sua orelha esquerda.
O americano quatro vezes campeão mundial, voltou ao ringue, com 46 anos neste sábado, dia 20, em um megaevento promovido na Suiça com direito a hinos tocados em violinos e banda de rock para seu oponente russo.
Seu adversário foi o Nikolai Valuev, de 2,13 metros, 140 quilos e 35 anos.
O russo defendia o cinturão da Associação Mundial de Boxe. E o manteve após decisão totalmente equivocada dos jurados.
Durante o combate o que se viu foi um Holyfield muito bem preparado fisicamente, que dominou os primeiros rounds e conseguiu encaixar vários golpes. Nenhum porém conseguiu ameaçar derrubar Valuev.
No sétimo assalto o americano deu sinais de cansaço e começou a ter mais dificuldade para encaixar os golpes. O oitavo e nono rounds contaram com intensa troca de golpes com ligeira vantagem para Holyfield.
A única pressão que o gigante russo estabeleu ficou clara no décimo primeiro assalto, mas as esquivadas do americano e sua guarda bem postada impediram que fosse atingido.
O décimo segundo e último round mostrou um Holyfield certo da vitória, juntamente com boa parte dos 12.500 presentes que gritavam seu nome.
Quando o resultado foi anunciado, Holyfield se mostrou decepcionado e a platéia vaiou a decisão que inconformou mesmo o mais leigo no assunto.
Criei grande expectativa para a luta. Assisti desde o começo e me senti enganado ao final com tamanho absurdo. Foi um golpe baixo fora do ringue direto na inteligência de quem assistia.
Não ficaria tão bravo nem como um juiz errando descaradamente contra meu time de coração.
Os três juízes não viram a mesma luta. Não é possível duas escolhas a favor do russo e um empate.
Aposto que essa minha visão pessoal deve ser compartilhada por quase todos que assistiram a essa "marmelada".
A cara de filme "pastelão" no caso de uma revanche toma corpo como uma continuação barata e de quinta categoria.
Eu não perco meu tempo assistindo a uma nova luta entre eles. Também espero que Holyfield não aceite. Esse episódio manchou uma das incontáveis páginas de glória do Boxe e da Associação Mundial.
O jeito é arrancar esta folha.
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