Seu som era tão alto que alcançava as nuvens no céu. As cordas de sua guitarra foram um símbolo de sua revolta e de sua genialidade. Quarenta anos depois da morte de Jimi Hendrix, seus acordes ainda ecoam nos tempos, buscando espaço entre a lua e as estrelas, porque ele faz parte do universo como um meteoro que destruiu paradigmas. Existe uma guitarra antes e outra depois de Jimi. Ele não teve o primeiro grau completo na escola e não sabia ler e nem escrever música, mas tinha uma genialidade musical absoluta. Justamente por não conhecer a teoria nem da música, nem da guitarra, ele se aproximou da sua fiel Fender Stratocaster como se fosse um instrumento sem passado – portanto, repleto de futuro. Ele reinventou. Mostrou que não se tocava com as cordas, mas com toda a extensão do instrumento. Hendrix colocava sua alma, todo o seu corpo ao tocar, e abusava da guitarra: barra de trêmulo, distorção - pedal de wha-wha -, microfonia, trastejadas, ruído, sujeira. Tudo era expressão e música em seus ouvidos. “Era um gênio. Isso dava pra notar. Qualquer coisa como uma mistura de Beethoven e John Lee Hooker.”, afirma o baixista Billy cox, que tocava com o mestre. Hendrix está vivo, hoje. Suas canções permanecem jovens para sempre. No fim dos anos 60, o tempo, suspenso, brincava de faz de conta e reluzia o paraíso, onde perigo não era palavra, o pecado não existia. A morte se fincava na realidade como uma ilusão e o prazer era uma possibilidade alcançável e eterna. O estranho blues do céu vazio e pleno, o rock traduzido em uma nova vertente era fácil, tão óbvio. Buscar outros sons sem nenhum esforço, tirar músicas somente com o ouvido era como um salto, lento, flutuando no ar, bem próximo das asas prateadas do doce anjo. Em seu livro “Domador de Raios, Ana Maria Bahiana, define o maior guitarrista de todos os tempos com precisão: “Hendrix aparece como um mago da linhagem de heróis domadores de trovões que a mente humana sempre arquitetou. Alguém que, movido pelo puro impulso, pela intuição bruta, corre todos os riscos, mergulha no fogo das experiências e dele sai iluminado”. O instrumento que ele dominava foi seu grande amor. “A guitarra era mulher, e era sedutora. E poderosa. Havia um imenso poder ali, dormindo naquele corpo de fibras e cordas”.
Fontes:
18 de setembro - 40 anos sem Jimi Hendrix
Wikipedia - História do mestre
Domador de Raios de Ana Maria Bahiana
Foto retirada deste link
3 comentários:
Adoro Jimi! O cara sempre será o maior de todos os tempos!! Essa música dele no vídeo, não conhecia. Muito boa em!
bjs
Renata,
Essa música, assim como "All along the Wachtower", são de outro mestre: Bob Dylan. Mais tarde no blog "Na Agulha da Vitrola", vou postar um disco fundamental na discografia de Hendrix. Passe por lá!
Hendrix, sempre Hendrix, eternamente Hendrix, insuperável pai da técnica!!
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