domingo, 5 de julho de 2009

A Partida / Departures

Daigo Kobayashi é um jovem casado que acabou de ser dispensado da orquestra na qual tocava violoncelo. Vagando pelas ruas sem emprego, e com poucas esperanças em relação à carreira, o rapaz decide voltar à sua cidade natal na companhia da esposa que aceita prontamente. De volta ao interior do Japão, o único trabalho imediato que lhe aparece é como "nokanshi", uma espécie de coveiro especial, responsável pela cerimônia de lavagem e vestimenta dos mortos antes que suas almas caminhem para o outro mundo. Daigo comporta-se com seriedade, algo como um burocrata, um porteiro entre o céu e a terra. Ocorre que seu trabalho é simplesmente desprezado por sua mulher e por todos ao seu redor, mas é através da morte que todos os personagens entendem o verdadeiro sentido da vida.



O filme japonês ganhou o oscar de melhor filme estrangeiro neste ano e merece muitos outros prêmios. Até porque a estatueta dada pelos americanos para mim não vale nada. A boa fotografia e a trilha sonora são sensacionais! Tomando como gancho a passagem de Daigo por uma orquestra, a trilha é composta somente de grandes instrumentais com, claro, muito violoncelo. É o tipo de som que eleva a alma e deixa o clima perfeito para o espectador se envolver. Ainda mais com as grandes atuações.

Assisti este grande filme antes de uma semana em que tive uma perda muito forte. Mas a realidade é que nada se perdeu. É somente uma breve despedida. A mensagem de “Partidas” é passada com muita sensibilidade e bom humor. Não há nada para se ficar triste. Estamos aqui em uma missão pela paz, numa passagem evolutiva, buscando conhecimento e superação para continuar caminhando em outras esferas. A morte é só uma partida. Ela não existe. Estamos aqui só de passagem. Espero aproveitar e muito a minha.

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